Maria Mandel – A Besta de Auschwitz
Maria Mandel, conhecida como “a besta de Auschwitz”, foi uma oficial nazista que ganhou notoriedade como supervisora-chefe do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, onde ela supervisionou o assassinato em massa de mais de um milhão de pessoas, a maioria das quais eram judeus. Sua crueldade e sadismo se tornaram lendários, e ela foi apelidada de “A Besta de Auschwitz”.
Anos iniciais
Maria Mandel nasceu em Münzkirchen, a Áustria, em 10 de janeiro de 1912. Ela foi criada em uma família católica devota e teve uma educação bastante rigorosa. Em sua adolescência, ela começou a trabalhar em uma fábrica de tecidos, onde se tornou uma líder sindical. Em 1938, após a anexação da Áustria pela Alemanha nazista, Mandel se juntou ao Partido Nazista e começou a trabalhar como guarda em um campo de concentração. Ela rapidamente subiu na hierarquia do sistema de campos e foi transferida para Auschwitz em 1941.
Atuação em Auschwitz, onde foi apelidada de “A Besta de Auschwitz”
Mandel era conhecida por sua crueldade e sadismo extremos. Ela frequentemente ordenava espancamentos e chicoteamentos, e era conhecida por torturar e matar prisioneiros por diversão. Ela também era obcecada por experimentos médicos, e frequentemente escolhia prisioneiros para serem submetidos a procedimentos dolorosos e mortais.
Um de seus “experimentos” mais famosos envolveu injetar clorofórmio diretamente nos corações dos prisioneiros. Ela também ordenou que prisioneiros fossem mantidos em câmaras de gás por períodos prolongados para que ela pudesse estudar os efeitos do envenenamento por gás. De acordo com testemunhas oculares, Mandel frequentemente assistia aos assassinatos em massa dos judeus e ria enquanto as pessoas morriam.
Além disso, Mandel também foi responsável por manter a disciplina dentro do campo. Ela supervisionava as atividades de outros guardas e frequentemente os punia se eles mostrassem sinais de simpatia pelos prisioneiros. Ela também encorajava a competição entre os guardas, promovendo o sadismo e a crueldade como sinais de lealdade ao regime nazista.
Durante seu tempo em Auschwitz, Mandel acumulou uma grande riqueza, graças à extorsão e roubo de bens pessoais dos prisioneiros. Ela era conhecida por usar roupas de grife e jóias roubadas, e muitas vezes desfilava com essas roupas.
Relação de Mandel com Irma Grese
Para infelicidade dos prisioneiros de Auschwitz, Maria Mandel e Irma Grese (conhecida como a Hiena de Auschwitz), trabalharam juntas no campo de concentração. Embora compartilhassem um histórico semelhante de abuso infantil e falta de educação formal, as duas mulheres tinham personalidades muito diferentes.
Maria Mandel era conhecida por sua crueldade e sadismo, e muitas vezes ordenava espancamentos e execuções de prisioneiros sem motivo aparente. Ela também era extremamente vaidosa e gostava de se exibir para os oficiais nazistas. Irma Grese, por outro lado, era mais reservada e introvertida, mas igualmente cruel. Ela era conhecida por torturar prisioneiros, muitas vezes com o uso de cães, e por seu sadismo durante as seleções para as câmaras de gás.
Apesar de compartilharem o mesmo ambiente de trabalho, as duas mulheres eram rivais ferrenhas no campo de concentração. Elas competiam pelo favor dos oficiais nazistas e pelo controle sobre as outras guardas femininas. Irma Grese muitas vezes desafiava a autoridade de Maria Mandel e tentava minar sua influência.
No entanto, embora fossem rivais, as duas mulheres também eram aliadas em suas atividades cruéis no campo de concentração. Ambas participaram ativamente de seleções para as câmaras de gás e ordenaram espancamentos e execuções de prisioneiros.
Destino da Besta de Auschwitz
Durante o julgamento, Maria Mandel foi acusada de crimes cont a humanidade e crimes de guerra. Ela foi acusada de ter participado de seleções para as câmaras de gás, experimentos médicos e de ter ordenado espancamentos e execuções de prisioneiros. Mandel negou todas as acusações e afirmou que ela não teve papel ativo nas seleções para as câmaras de gás, mas o tribunal a considerou culpada e a sentenciou à morte.
Em 24 de janeiro de 1948, Maria Mandel foi enforcada no pátio da prisão de Landsberg, na Alemanha. Ela foi a primeira mulher a ser executada por crimes de guerra no pós-guerra.
A besta de Auschwitz ficou marcada na história como uma das mais cruéis e brutais guardas dos campos de concentração nazistas. Sua crueldade e sadismo foram retratados em inúmeras obras literárias e cinematográficas sobre o Holocausto. Ela se tornou um símbolo da desumanidade do regime nazista e de sua política de extermínio em massa.