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Alexandre, o Grande: A vida de um dos maiores conquistadores da história

Dificilmente exista alguém que não tenha escutado o nome, Alexandre, o Grande, ou Alexandre Magno. Mas afinal, quem foi Alexandre, o Grande? Qual o papel do rei macedônio na história?

Filho do rei Filipe II, da Macedônia, Alexandre, o Grande, nasceu em 356 a.C. e ascendeu ao poder aos 20 anos de idade, após seu pai ser assassinado. Alexandre tinha sede de poder e logo começou a expandir o império macedônio, esmagando o império persa, conquistando o Egito e o império indiano de Porus. Alexandre é considerado um dos maiores líderes militares e políticos da história, tendo conquistado grande parte do mundo conhecido de sua época. Seu legado influenciou a cultura, a arte, a política e a filosofia do mundo antigo. 

Anos iniciais de Alexandre, o Grande

Alexandre, o Grande, era filho do rei Filipe II da Macedônia e de sua quarta esposa, Olímpia. Filipe II era um líder militar talentoso que havia unificado as cidades-estado macedônicas sob seu governo e transformado a Macedônia em um poderoso estado militar. Olímpia era a filha do rei de Epiro, uma região que fazia fronteira com a Macedônia. O casamento de Filipe II e Olímpia foi uma aliança política que ajudou a consolidar o poder da Macedônia na Grécia. Alexandre nasceu em 356 a.C. em Pella, a capital da Macedônia.

Desde cedo, Alexandre recebeu uma educação privilegiada. Seu tutor, Aristóteles, foi um dos filósofos mais renomados de sua época e teve um impacto significativo em sua formação intelectual. Além disso, Alexandre cresceu em um ambiente militar, onde foi exposto às táticas de guerra desde a infância.

Relação de Alexandre com Aristóteles

Aristóteles foi contratado como tutor de Alexandre quando ele tinha apenas 13 anos, em 343 a.C., e ensinou-o até os 16 anos de idade. Durante esse período, Aristóteles teve um impacto significativo na educação, formação intelectual e valores pessoais de Alexandre.

Aristóteles era um dos filósofos mais renomados de sua época e um aluno de Platão, um dos fundadores da filosofia ocidental. Ele ensinou a Alexandre uma ampla variedade de disciplinas, incluindo filosofia, literatura, matemática, ciência e política. Alexandre aprendeu com Aristóteles sobre a ética, a política, a retórica, a lógica e a metafísica. Aristóteles também ensinou  sobre a história natural e a zoologia, o que pode ter influenciado o interesse dele pela natureza e pelo mundo animal.

A educação de Alexandre com Aristóteles foi interrompida quando ele se tornou rei da Macedônia, mas os dois mantiveram contato através de cartas durante a campanha de conquista de Alexandre. De acordo com algumas fontes históricas, Alexandre enviou a Aristóteles espécimes de plantas e animais exóticos coletados durante suas viagens de conquista para que Aristóteles pudesse estudá-los e classificá-los.

A influência de Aristóteles na vida de Alexandre pode ser vista em sua abordagem à governança e à administração de seu império. Alexandre valorizava a educação e a cultura grega e estabeleceu várias cidades em todo o seu império que se tornaram centros de cultura e aprendizado. Ele também adotou muitas das ideias políticas e sociais que foram ensinadas por Aristóteles, como a crença na importância da lei e da ordem, e na necessidade de um governo justo e eficiente.

A Batalha de Queroneia em 338 a.C

Antes de se tornar rei da Macedônia, Alexandre já havia demonstrado um grande potencial como líder militar. Aos 16 anos, ele liderou uma unidade macedônica na Batalha de Queroneia, uma vitória decisiva para a Macedônia sobre uma aliança de cidades-estado gregas lideradas por Atenas e Tebas.

A Batalha de Queroneia foi um conflito decisivo que ocorreu em 338 a.C. entre as forças da Liga de Corinto, lideradas pela cidade-estado de Atenas e Tebas, e o exército macedônico liderado pelo rei Filipe II. A batalha aconteceu na cidade de Queroneia, na Beócia, uma região da Grécia central.

A Liga de Corinto, formada por várias cidades-estado gregas, tinha como objetivo combater a crescente influência macedônica na Grécia. A Macedônia, liderada por Filipe II, havia se expandido significativamente em décadas anteriores e agora representava uma ameaça para a autonomia das cidades-estado gregas.

Filipe II viu a necessidade de estabelecer a hegemonia macedônica sobre a Grécia e decidiu enfrentar a Liga de Corinto em batalha. Ele preparou suas tropas com treinamento militar avançado e equipamentos modernos, incluindo a formação da falange macedônica, que se tornaria famosa nas batalhas subsequentes de Alexandre, o Grande.

Na Batalha de Queroneia, as tropas macedônicas enfrentaram as forças da Liga de Corinto, lideradas por Atenas e Tebas. A batalha foi acirrada, mas a superioridade tática e técnica das tropas macedônicas acabou por levar à vitória macedônica. As tropas da Liga de Corinto foram incapazes de romper a formação da falange macedônica e sofreram pesadas baixas.

A vitória macedônica em Queroneia teve consequências significativas para a Grécia. Filipe II estabeleceu uma hegemonia macedônica sobre a Grécia, e a Liga de Corinto foi dissolvida. Ele criou uma liga pan-helênica, a Liga de Corinto, para garantir a estabilidade política e militar na Grécia. Além disso, a vitória de Filipe II abriu o caminho para a campanha de conquista de Alexandre, o Grande, que seguiria os passos de seu pai e expandiria o Império Macedônico para além das fronteiras da Grécia.

A Batalha de Queroneia é considerada uma das batalhas mais importantes da história da Grécia antiga. A vitória de Filipe II sobre a Liga de Corinto estabeleceu a Macedônia como uma potência dominante na Grécia, preparando o terreno para o governo de Alexandre, o Grande, e sua subsequente conquista do Império Persa.

Morte de Filipe II e a ascensão de Alexandre Magno

A morte de Filipe II, rei da Macedônia, em 336 a.C., marcou o início da ascensão de seu filho, Alexandre, o Grande, como o novo governante do Império Macedônico.

Filipe II foi um líder visionário que expandiu significativamente as fronteiras da Macedônia e estabeleceu a hegemonia macedônica sobre a Grécia. Ele também iniciou várias reformas políticas e militares que aprimoraram o exército macedônico e fortaleceram o poder real. No entanto, sua vida foi marcada por conflitos e conspirações.

A morte de Filipe II ocorreu em circunstâncias misteriosas durante as celebrações do casamento de sua filha, Cleópatra, com Alexandre I da Epiro. Ele foi assassinado por um jovem nobre macedônico chamado Pausânias, que tinha motivações pessoais e políticas para realizar o ato. O assassinato de Filipe II foi um golpe devastador para o Império Macedônico e para a Grécia em geral.

Após a morte de Filipe II, seu filho Alexandre, então com apenas 20 anos de idade, foi rapidamente aclamado como o novo rei da Macedônia. Alexandre já havia recebido uma educação de primeira linha, tendo sido ensinado por ninguém menos que Aristóteles. Ele também havia acompanhado seu pai em diversas campanhas militares e adquirido experiência em liderança e táticas de guerra.

Apesar de sua juventude, Alexandre assumiu o trono com grande confiança e determinação. Ele rapidamente tomou medidas para garantir sua posição como rei e lidar com possíveis ameaças internas e externas. Ele ordenou a execução de alguns nobres que foram acusados de conspirar contra ele, ao mesmo tempo em que procurou estabelecer boas relações com os governantes das regiões vizinhas.

Assim que sua posição como rei foi consolidada, Alexandre decidiu continuar o trabalho de seu pai, expandindo o Império Macedônico e consolidando o controle sobre a Grécia. Ele lançou uma campanha militar contra os estados gregos que se rebelaram após a morte de Filipe II, e rapidamente os subjugou. Ele também enfrentou a resistência de Tebas, que havia liderado a luta contra a hegemonia macedônica, e a arrasou em uma batalha brutal.

Por que Alexandre ficou conhecido como Alexandre, o Grande?

Alexandre, o Grande, recebeu esse epíteto porque ele é considerado um dos maiores líderes e conquistadores da história. Durante seu reinado, Alexandre liderou a Macedônia em uma campanha militar sem precedentes que se estendeu da Grécia até o Egito, Pérsia, Báctria e Índia, colocando, sob seu domínio, um dos maiores impérios da história.

A expansão do império macedônio sob o comando de Alexandre, o Grande

A Batalha de Granico em 334 a.C

Após assumir o trono da Macedônia em 336 a.C., Alexandre, então com apenas 20 anos, iniciou uma campanha militar para expandir o império macedônio e vingar a derrota que seu pai, Filipe II, havia sofrido nas mãos do Império Persa. A invasão da Ásia Menor pelos macedônios foi iniciada em 334 a.C. e a Batalha de Granico foi uma das primeiras batalhas desse conflito.

A batalha teve início quando as tropas macedônias cruzaram o rio Granico e se depararam com o exército persa. As forças persas eram compostas por tropas de diversas regiões do império, incluindo Ásia Menor e a Grécia, lideradas por Memnon de Rodes e Espitamenes.

A Batalha de Granico foi uma importante vitória para Alexandre, que consolidou seu controle sobre a região da Ásia Menor. A vitória também lhe garantiu o controle das cidades gregas da região, que haviam sido controladas pelo Império Persa.

Batalha de Issos em 333 a.C

Após a vitória nas margens do rio Granico em 334 a.C., Alexandre continuou sua campanha de expansão do Império Macedônico na Ásia. Em 333 a.C., as tropas macedônicas e persas se encontraram novamente, desta vez em Issos, uma cidade na costa do Mediterrâneo, perto das montanhas do Líbano.

As tropas persas, lideradas por Dario III, eram numericamente superiores às tropas macedônicas, com cerca de 100.000 soldados contra os 35.000 soldados macedônicos. No entanto, o terreno acidentado da região de Issos favoreceu os macedônicos, que conseguiram montar uma defesa eficiente.

O exército macedônico foi dividido em duas linhas, com a infantaria e a cavalaria posicionadas em locais estratégicos. A cavalaria macedônica, liderada por Alexandre, atacou a cavalaria persa, que tentou flanquear os macedônicos pelo lado direito. Alexandre conseguiu uma importante vitória nessa batalha, atacando diretamente Dario III e matando um de seus principais conselheiros.

A conquista de Tiro em 332 a.C

Tiro era uma cidade-estado importante no Mediterrâneo oriental, localizada no litoral da atual Líbano. Famosa por suas indústrias marítimas, Tiro era conhecida por seus hábeis marinheiros e técnicas de construção naval avançadas. A cidade era protegida por muralhas altas e por uma fortaleza localizada em uma ilha próxima.

A conquista de Tiro foi uma etapa importante na campanha de Alexandre para a expansão do Império Macedônico na Ásia. A cidade de Tiro era estrategicamente importante para o controle do comércio marítimo do Mediterrâneo oriental, e sua conquista permitiria a Alexandre estabelecer uma base sólida na região.

Para conquistar Tiro, Alexandre e seu exército precisavam superar vários desafios. A cidade era protegida por muralhas altas e uma fortaleza na ilha próxima. Além disso, a cidade contava com uma poderosa frota naval, que tinha o controle dos mares circundantes.

Para superar esses obstáculos, Alexandre construiu uma ponte de terra ligando a cidade à ilha próxima. O exército macedônio, então, começou a atacar as muralhas de Tiro com aríetes e catapultas, enquanto a frota macedônia bloqueava o porto da cidade.

No entanto, a habilidade dos defensores de Tiro em construção naval se mostrou decisiva. Eles conseguiram construir navios equipados com catapultas e baterias de artilharia para atacar a frota macedônia, o que impediu o avanço de Alexandre por terra e mar.

Frustrado por seu fracasso em romper as defesas de Tiro, Alexandre decidiu lançar um ataque surpresa em uma seção pouco defendida da cidade. Ele liderou pessoalmente o ataque, escalando as muralhas e lutando corpo a corpo com os defensores de Tiro. O ataque surpresa permitiu que os macedônios rompessem as muralhas, permitindo a entrada do exército de Alexandre na cidade.

A conquista de Tiro foi um marco significativo na campanha de Alexandre para a expansão do Império Macedônico. A cidade foi completamente saqueada e destruída, com seus habitantes vendidos como escravos. A vitória permitiu a Alexandre estabelecer uma base sólida no Mediterrâneo oriental e garantiu o controle do comércio marítimo da região.

A conquista de Tiro também foi importante por seu simbolismo. A cidade era conhecida por sua habilidade marítima e suas poderosas defesas, e a vitória de Alexandre demonstrou a superioridade dos exércitos macedônios sobre as defesas mais avançadas da época.

A conquista do Egito e Alexandre, o Grande se torna Faraó do Egito em 332 a.C

O Egito era governado pelo império aquemênida persa desde 525 a.C. e foi submetido a tributos e taxas pelos persas durante esse tempo. Em 343 a.C., o imperador persa Artaxerxes III enviou uma expedição para controlar o Egito, mas a tentativa fracassou e a região se tornou cada vez mais independente do controle persa.

Em 332 a.C., Alexandre, o Grande invadiu o Egito, conquistando a região sem resistência significativa. Ele foi recebido como um libertador pelo povo egípcio e recebeu o título de faraó, o que o tornou o líder da antiga civilização egípcia.

O título de faraó foi concedido a Alexandre, o Grande em 332 a.C., a concessão deste título é um dos muitos exemplos do reconhecimento dos líderes conquistados pela habilidade de Alexandre em governar, bem como sua habilidade em conquistar territórios.

A Batalha de Gaugamela – Arbela em 331 a.C

A Batalha de Gaugamela, ocorrida em 331 a.C., foi uma das batalhas mais importantes da campanha de Alexandre, o Grande para conquistar o Império Persa. A batalha foi travada entre o exército macedônico liderado por Alexandre e o exército persa liderado por Dario III. A vitória decisiva de Alexandre na batalha garantiu o controle do Império Persa e estabeleceu a Macedônia como a principal potência militar e política do mundo antigo.

Alexandre, o Grande, encontrou o exército persa liderado por Dario III perto da cidade de Gaugamela, no atual Iraque. O exército persa era muito maior em número, com cerca de 250.000 soldados, incluindo cavalos e elefantes de guerra.

Alexandre organizou seu exército em uma formação em cunha, com os melhores soldados e cavaleiros no centro. Ele então liderou uma carga de cavalaria diretamente contra a linha persa, com o objetivo de rompê-la em dois e cortar a retaguarda do exército inimigo.

A tática de Alexandre funcionou perfeitamente. A carga da cavalaria macedônica abriu uma brecha na linha persa e criou uma oportunidade para que a infantaria macedônica entrasse no campo de batalha. Os soldados macedônicos lutaram com grande habilidade e determinação, superando os elefantes de guerra e a infantaria persa.

Apesar do número esmagador de soldados persas, a tática de Alexandre foi bem-sucedida. O exército persa foi derrotado, e Dario III fugiu do campo de batalha. A vitória de Alexandre em Gaugamela consolidou sua conquista do Império Persa, que sucumbiu em definitivo e estabeleceu a reputação de Alexandre como um dos maiores comandantes militares da história.

A Batalha de Gaugamela teve um impacto significativo na história antiga. A vitória de Alexandre garantiu o controle do Império Persa e estabeleceu a Macedônia como a principal potência militar e política do mundo antigo.

A conquista da Babilônia em 331 a.C

Antes de sua campanha militar contra a Babilônia, Alexandre havia conquistado uma série de cidades e territórios no Oriente, incluindo a Fenícia, o Egito e a Pérsia. A Babilônia, situada às margens do rio Eufrates, era uma cidade próspera e rica, conhecida por seu comércio e cultura.

A conquista da Babilônia por Alexandre foi relativamente rápida e fácil. O governante da cidade, Nabonido, não tinha um exército forte o suficiente para resistir à invasão de Alexandre, e a cidade foi tomada sem muita resistência.

Após a conquista, Alexandre estabeleceu uma guarnição militar na cidade e instituiu uma série de reformas administrativas e culturais. Ele restaurou os templos sagrados da cidade, incluindo o Templo de Marduk, o deus patrono da cidade, e nomeou governadores locais para administrar a cidade e suas terras circunvizinhas.

A conquista da Babilônia por Alexandre teve um impacto significativo na história antiga. A cidade se tornou um importante centro administrativo e cultural do Império de Alexandre, e sua conquista ajudou a estabelecer a posição do conquistador como o novo governante do Império Persa.

A vitória de Alexandre na Babilônia também teve um impacto duradouro na cultura ocidental. A cidade era conhecida por seus conhecimentos científicos e literários, e a conquista de Alexandre levou ao surgimento de uma nova escola de pensamento, conhecida como Escola de Alexandria.

Conquista dos reinos da Báctria e Sogdiana em 329 a.C a 327 a.C

Após a conquista do Império Persa, Alexandre continuou sua expansão para o leste em direção à Ásia Central. A região da Báctria e Sogdiana, localizada na Ásia Central, era um importante centro comercial e cultural, mas também era conhecida por suas fortalezas e pela resistência feroz de seus povos locais.

Em 329 a.C., Alexandre liderou seu exército macedônico para a conquista da Báctria, uma região que atualmente abrange o norte do Afeganistão, sul do Uzbequistão e oeste do Tajiquistão. A conquista da Báctria foi desafiadora, devido à natureza montanhosa do terreno e à resistência feroz dos povos locais.

Durante a campanha, Alexandre e seu exército tiveram que enfrentar várias batalhas contra os povos bactrianos e seus aliados, incluindo o famoso combate contra o rei local, Besso. Apesar das dificuldades, Alexandre finalmente conseguiu conquistar a Báctria e estabelecer um governo macedônico na região.

Alexandre e seu exército tiveram que enfrentar várias batalhas contra os povos sogdianos e seus aliados, incluindo o famoso combate contra a cidade fortificada de Maracanda (atual Samarcanda). Após a conquista de Maracanda, Alexandre estabeleceu um governo macedônico na região e nomeou um governador para administrá-la.

Embora tenha enfrentado forte resistência e tenha sofrido muitas baixas, ele finalmente conseguiu estabelecer um governo macedônico na região.

A conquista da Báctria e Sogdiana teve um impacto significativo na história antiga. A expansão territorial de Alexandre estabeleceu a Macedônia como a principal potência militar e política do mundo antigo e estabeleceu um grande império que se estendia da Europa até a Ásia Central.

A Batalha de hidaspes em 326 a.C

Após a conquista do Império Persa, Alexandre voltou suas atenções para o leste, em direção à Índia. Durante sua campanha, ele enfrentou muitas batalhas, mas a mais importante foi a Batalha do Hidaspes.

A Batalha do Hidaspes ocorreu em 326 a.C., durante a campanha militar de Alexandre, o Grande, na Índia. Foi uma batalha importante, em que as tropas macedônias enfrentaram um exército liderado pelo rei Poro, e que foi marcada por manobras táticas complexas e pela demonstração do poderio militar de Alexandre.

O exército macedônio, liderado por Alexandre, enfrentou um exército liderado pelo rei Poro, que comandava um grande exército de elefantes. Alexandre sabia que o uso de elefantes de guerra poderia ser uma grande ameaça para sua cavalaria, então ele desenvolveu uma estratégia complexa para superar essa desvantagem.

Representação da Falange macedônia
Representação da Falange macedônia

Primeiro, ele ordenou que sua cavalaria atacasse a infantaria de Poro, enquanto suas falanges atacavam os elefantes de Poro. Em seguida, ele enviou sua cavalaria para atacar os flancos do exército inimigo, enquanto sua infantaria cercava as tropas de Poro.

O resultado foi uma vitória decisiva para as tropas macedônias. O exército de Poro foi derrotado, e o rei acabou sendo capturado. Alexandre, no entanto, ficou impressionado com a bravura de Poro e o tratou com respeito e dignidade.

A vitória na Batalha do Hidaspes foi uma das mais significativas de Alexandre durante sua campanha na Índia. Ela solidificou seu domínio na região e lhe permitiu continuar avançando em direção ao leste.

No entanto, a batalha também teve um custo significativo para as tropas macedônias. Muitos soldados ficaram feridos ou foram mortos, e as tropas estavam cansadas e exaustas. Após a batalha, Alexandre decidiu encerrar sua campanha militar na Índia e começou a se preparar para sua volta para a Babilônia.

A bissexualidade de Alexandre, o Grande

A sexualidade de Alexandre, o Grande, é um tema que tem sido objeto de debate e discussão por muitos anos. Embora haja poucas evidências concretas para confirmar a orientação sexual de Alexandre, muitos estudiosos argumentam que ele era bissexual.

Há várias evidências históricas que sugerem que Alexandre teve relacionamentos românticos com homens e mulheres. Na época em que Alexandre viveu, a bissexualidade era vista de maneira diferente do que é hoje em dia, e a atração sexual por pessoas do mesmo sexo não era vista como algo negativo ou imoral.

Alguns historiadores afirmam que Alexandre teve um relacionamento íntimo com seu amigo de infância, Hephaestion. Os dois homens eram muito próximos, e as fontes históricas relatam que Alexandre ficou arrasado quando Hephaestion morreu. Embora alguns estudiosos argumentem que a relação entre os dois homens era puramente platônica, outros afirmam que eles eram amantes.

Além disso, Alexandre também teve vários relacionamentos românticos com mulheres ao longo de sua vida. Ele se casou com Roxana, a filha de um nobre local, pouco antes de sua morte, e também teve outras esposas, incluindo a princesa persa Barsine e a filha do rei Dario III, Statira.

A bissexualidade de Alexandre é frequentemente retratada em obras de ficção, cinema e televisão que se baseiam em sua vida e conquistas. Por exemplo, no filme “Alexandre” de 2004, dirigido por Oliver Stone, o personagem de Alexandre é retratado como bissexual e tem relacionamentos tanto com homens quanto com mulheres.

No entanto, é importante notar que a maneira como a bissexualidade de Alexandre é retratada na cultura popular nem sempre é precisa ou respeitosa. Em alguns casos, a orientação sexual de Alexandre é simplificada ou distorcida para atender a fins de entretenimento ou para criar um drama artificial.

No final das contas, a orientação sexual de Alexandre pode nunca ser totalmente conhecida, mas sua vida e realizações continuam a ser estudadas e celebradas em todo o mundo como um dos maiores líderes e conquistadores da história.

O casamento de Alexandre e Roxana em 327 a.C

O casamento de Alexandre, o Grande, com Roxana foi um dos episódios mais marcantes da vida do conquistador macedônico. Roxana, também conhecida como Roxane ou Roshanak, era filha de um nobre bactriano e tornou-se a esposa de Alexandre em 327 a.C., durante sua campanha na Ásia Central.

A história do casamento de Alexandre e Roxana é envolta em lendas e mitos, mas sabe-se que o casal se conheceu em Báctria, onde Roxana era uma das mulheres mais belas e desejadas da região. Segundo a tradição, Alexandre teria se apaixonado por ela à primeira vista, durante uma festa organizada pelo rei Oxiartes, pai de Roxana.

A despeito de sua beleza, Roxana não era uma escolha política óbvia para Alexandre, já que os bactrianos não eram aliados naturais dos macedônios. No entanto, o amor do rei pela jovem foi mais forte do que as considerações estratégicas e ele decidiu tomá-la como esposa.

O casamento foi realizado em grande estilo, com uma cerimônia que misturava tradições gregas e orientais. Roxana foi coroada rainha da Macedônia e da Ásia, recebendo um dote generoso em ouro e joias. Alexandre, por sua vez, teria se declarado diante dos convidados, dizendo que Roxana era a única mulher que merecia ser sua esposa e rainha.

Casamento de Alexandre e Roxana, Il Sodoma (c. 1517)
Casamento de Alexandre e Roxana, Il Sodoma (c. 1517)

O casamento de Alexandre e Roxana não foi fácil, no entanto. Logo depois de se casar, Alexandre partiu em uma campanha militar contra as tribos sármatas, deixando Roxana sozinha em sua corte. Durante sua ausência, um dos comandantes macedônios, Estatiras, tentou seduzir Roxana e ganhar seu favor, provocando ciúmes e desconfiança por parte de Alexandre.

No entanto, quando Alexandre voltou de sua campanha, ele se reconciliou com Roxana e tratou-a com grande respeito e afeto. Durante suas campanhas posteriores, ele levou-a consigo, mesmo quando estava em territórios hostis ou perigosos.

O casal teve um filho, chamado Alexandre IV, que nasceu pouco antes da morte de Alexandre, em 323 a.C. Após a morte do rei, Roxana e seu filho ficaram à mercê dos generais macedônios que disputavam o poder, até que foram capturados e assassinados por ordem de Cassandro, um dos mais cruéis e ambiciosos sucessores de Alexandre.

A história do casamento de Alexandre e Roxana inspirou muitos escritores e artistas ao longo dos séculos. Na literatura, destaca-se a peça “Roxana”, do dramaturgo francês Jean Racine, escrita em 1677. No cinema, a história do casal foi adaptada em filmes como “Alexandre, o Grande” (1956) e “Alexandre” (2004), dirigido por Oliver Stone. A história também inspirou músicos, como o guitarrista de rock Yngwie Malmsteen, que compôs uma canção chamada “Queen in Love” em homenagem a Roxana.

O retorno de Alexandre a Babilônia em 324 a.C

Depois de conquistar o Império Persa, Alexandre voltou suas atenções para o leste, em direção à Índia. Sua campanha na Índia foi longa e difícil, mas ele finalmente conseguiu vencer as batalhas e conquistar a região. No entanto, sua longa ausência da Babilônia deixou a cidade em um estado de inquietação.

O retorno de Alexandre a Babilônia ocorreu em 324 a.C., após sua bem-sucedida campanha militar na Índia. Ele realizou uma série de cerimônias triunfais para celebrar suas vitórias na Índia. Ele também realizou grandes banquetes para seus oficiais e súditos, onde foram servidas iguarias extravagantes e raras, como pavões e elefantes.

Durante seu retorno, Alexandre também lidou com a questão dos traidores. Ele executou um de seus comandantes mais antigos, Parmênio, que havia sido acusado de conspirar contra ele. Ele também executou alguns de seus soldados, que haviam se envolvido em um complô para assassiná-lo.

No entanto, o retorno de Alexandre também foi marcado por eventos trágicos. Sua mãe, Olímpia, havia sido assassinada durante sua ausência, e sua esposa Roxana havia dado à luz um filho. Além disso, seus soldados estavam cansados e exaustos após a longa campanha na Índia.

O retorno de Alexandre à Babilônia teve várias consequências importantes. Ele demonstrou sua habilidade de lidar com questões políticas e militares de maneira eficaz, ao lidar com traidores e reunir seus súditos em torno dele. Ele também mostrou sua habilidade de realizar grandes cerimônias triunfais e banquetes extravagantes, o que ajudou a aumentar sua popularidade entre as pessoas.

No entanto, o retorno também revelou os desafios e as dificuldades enfrentados por Alexandre e seus soldados durante suas campanhas militares. Sua longa ausência deixou a Babilônia em um estado de inquietação, e seus soldados estavam cansados e exaustos após a campanha na Índia.

A morte de Alexandre e a divisão do império macedônio em 323 a.C

A morte de Alexandre, o Grande, é um dos eventos mais conhecidos e discutidos da história antiga. O grande conquistador morreu em 323 a.C., com apenas 32 anos de idade, deixando um legado que se estende até os dias atuais. Sua morte deixou um vácuo no poder e desencadeou uma série de eventos que acabaram por fragmentar o império que ele havia criado.

As circunstâncias exatas da morte de Alexandre são cercadas de mistério e controvérsia. A teoria mais comum é que ele morreu de malária, mas outras hipóteses também foram propostas, como envenenamento, doença hepática, pneumonia ou até mesmo envenenamento por arsênico. Infelizmente, não há evidências suficientes para determinar a causa exata da morte de Alexandre.

No entanto, sabe-se que sua morte foi precedida por uma série de eventos que pareciam prenunciar sua morte iminente. Em junho de 323 a.C., após retornar da Índia, Alexandre ficou gravemente doente em Babilônia. Ele foi tratado pelos melhores médicos da época, mas sua condição continuou a piorar. Em 10 de junho, Alexandre teria sido informado de que seu general, Heféstion, havia morrido de uma doença repentina. A notícia teria afetado profundamente Alexandre, que teria ficado inconsolável com a perda de seu amigo próximo.

Algumas fontes afirmam que Alexandre começou a beber excessivamente após a morte de Heféstion, o que agravou ainda mais sua condição. Ele foi perdendo sua lucidez e chegou a ter delírios. Finalmente, em 11 de junho de 323 a.C., Alexandre morreu nos braços de seus amigos e generais mais próximos.

Após a morte de Alexandre, seus generais lutaram pelo controle de seu vasto império, em uma série de conflitos conhecidos como Guerra dos Diádocos. O império foi finalmente dividido entre seus generais, com três dinastias principais emergindo: os selêucidas, os ptolomeus e os antigônidas. Cada uma dessas dinastias governou uma parte do império de Alexandre e manteve algum grau de poder e influência por séculos.

A influência de Alexandre, o Grande na cultura Pop

Alexandre, o Grande, é uma figura histórica que teve grande influência em várias áreas da cultura popular. Desde o cinema e a televisão até a literatura e a música, Alexandre tem sido uma fonte de inspiração para muitos artistas e criadores. Neste artigo, exploraremos algumas das principais obras que foram influenciadas pela vida e conquistas de Alexandre.

Filmes e Séries

Uma das formas mais populares de retratar a vida de Alexandre é através de filmes e séries. Há uma série de produções que retratam a história de Alexandre, algumas delas mais fiéis aos eventos históricos, outras com uma abordagem mais livre.

O filme “Alexandre”, de 2004, dirigido por Oliver Stone, é uma das produções mais conhecidas sobre a vida de Alexandre. O filme é estrelado por Colin Farrell no papel principal e segue a história de Alexandre desde a sua juventude até a sua morte. Embora o filme tenha recebido críticas mistas, foi um grande sucesso de bilheteria e contribuiu para aumentar o interesse do público pela história de Alexandre.

Outra produção que se destaca é a série “Alexandre, o Grande”, de 2019, produzida pelo canal de televisão italiano RAI. A série, estrelada por Alessio Lapice como Alexandre, segue a história do conquistador desde a sua ascensão ao trono até a sua morte. A produção recebeu críticas positivas por sua atenção aos detalhes históricos e sua abordagem realista.

Capa do filme Alexandre, o Grande
Capa do Filme Alexandre, o Grande

Música

A história de Alexandre também tem sido uma fonte de inspiração para músicos e compositores. Muitas bandas e artistas já criaram canções sobre Alexandre ou foram influenciados por ele em sua música.

Uma das bandas mais conhecidas que se inspiraram na história de Alexandre é a banda de heavy metal Iron Maiden. A música “Alexander the Great” é um tributo ao conquistador e é considerada uma das melhores canções da banda. A letra da música conta a história de Alexandre desde sua juventude até suas conquistas e morte.

Outra banda que se inspirou na história de Alexandre é o Guns N’ Roses. A música “Civil War” faz referência a Alexandre em sua letra e apresenta uma crítica à guerra e à violência.

Literatura

A história de Alexandre também tem sido uma fonte de inspiração para escritores e poetas ao longo dos séculos. Desde a Idade Média até os dias atuais, a figura de Alexandre tem sido um tema recorrente na literatura.

Um dos poemas mais conhecidos sobre Alexandre é “Iskandarnamah”, escrito pelo poeta persa Nizami Ganjavi no século XII. O poema conta a história de Alexandre em versos e é considerado uma das obras mais importantes da literatura persa.

Livros recomendados

Para quem deseja se aprofundar um pouco mais na história de Alexandre, o Grande, recomentamos as seguintes obras:

Alexandre, o Grande de Johann Gustav Droysen que oferece uma análise profunda da vida e das conquistas de Alexandre III da Macedônia, um dos maiores líderes militares da história. Publicado em 1833, o livro destaca a ascensão de Alexandre ao trono, suas campanhas militares que se estenderam do Egito à Índia e seu impacto duradouro na história. Droysen explora não apenas as conquistas militares, mas também a personalidade complexa de Alexandre, sua relação com seus generais e o contexto político da época. Esta obra é uma valiosa fonte de informações sobre a era helenística e o legado de Alexandre como conquistador e visionário.

Alexandre, o Grande de Philip Freeman oferece uma visão acessível e envolvente da vida do famoso conquistador macedônio. Publicado em 2010, a obra narra a jornada de Alexandre, desde sua juventude sob a tutela de Aristóteles até suas campanhas militares audaciosas que estenderam o Império Macedônio por vastas terras. Freeman explora a personalidade de Alexandre, suas relações com figuras-chave como Heféstion e suas influências culturais.

Alexandre, o Grande de Thomas R. Martin, é uma obra que destaca a vida e conquistas do lendário líder macedônio. Publicado em 2012, o livro oferece uma visão concisa e acessível da história de Alexandre, desde sua educação sob Aristóteles até suas campanhas militares que estenderam o domínio macedônio do Egito à Índia. Martin explora os aspectos estratégicos e culturais das conquistas de Alexandre, bem como seu impacto duradouro na história e na fusão de culturas orientais e ocidentais.

Fernando Rocha

Fernando Rocha, formado em Direito pela PUC/RS e apaixonado por história, é o autor e criador deste site dedicado a explorar e compartilhar os fascinantes acontecimentos do passado. Ele se dedica a pesquisar e escrever sobre uma ampla gama de tópicos históricos, desde eventos políticos e culturais até figuras influentes que moldaram o curso da humanidade."

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